terça-feira, 23 de abril de 2013

MEDIDAS INÓCUAS PARA COMBATER PROBLEMAS IMPORTANTES

A arte de criar medidas inócuas para combater problemas importantes.

Sex, 19 de Abril de 2013 23:50

Dr. Augusto Pimazoni Netto
Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do
Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.
Quanto maior for o problema, maior é o número de medidas inócuas criadas como pseudo soluções. E quanto maior o número de pseudo soluções, menor é o número de propostas e estratégias realmente criativas e eficazes para a solução dos problemas. A obesidade é uma perigosa epidemia que vem avançando em todo o mundo a passos largos e mostra-se resistente às várias tentativas para o seu controle efetivo.

Em setembro de 2012, a Comissão de Saúde da Prefeitura de Nova Iorque determinou a proibição da venda de frascos de refrigerantes açucarados com mais de 16 onças (cerca de 480 ml), com a nobre motivação de auxiliar no combate à obesidade, muito embora tal estratégia representasse apenas uma gota d’água no oceano de fatores que geram e que nutrem generosamente a epidemia de obesidade. Sem dúvida, o excesso de consumo de refrigerantes açucarados é um problema sério, mas talvez seja mais crítico nos Estados Unidos. Certa vez, presenciei um motorista de taxi em San Antônio, no Texas, que se alimentava apenas de hamburgueres e frango frito, aliviando a sede com uma generosa garrafa de 2 litros de refrigerante açucarado. Ele carregava em seu veículo um estoque desses saudáveis produtos.

Em março deste ano, a Corte Suprema do Estado de Nova Iorque anulou essa decisão ao interpretar essa medida como uma flagrante violação das liberdades individuais. Considerou, ainda, que estabelecer limites a apenas um pequeno detalhe desse comportamento nutricional inadequado, em face de todas as outras escolhas alimentares nada saudáveis que fazemos todos os dias, dificilmente teria a força necessária para impactar essa situação tão adversa. Outro argumento importante a favor da inocuidade dessa medida é o simples fato de que, se alguém quiser tomar 2 litros de refrigerante açucarado, basta comprar 4 garrafinhas de 500 ml, se as garrafas de maior conteúdo fossem eventualmente banidas do mercado.

Esse exemplo de ineficácia estratégica pode ser comparado ao que acontece com nossa estrutura política: a tão sonhada democracia de verdade jamais terá condições de se viabilizar enquanto nós, brasileiros, formos obrigados a votar, a ouvir a famigerada Hora do Brasil, a suportar o irritante horário político gratuito, a assistir nos canais pagos de tv as “primorosas” obras do cinema nacional, enfim, a aceitar toda uma avalanche de imposições totalmente descabidas para os dias de hoje, numa verdadeira reedição do “Festival de Besteiras que Assola o País”, o outrora famoso FEBEAPA, do saudoso Stanislau Ponte Preta. Tudo isso, “em nome da democracia”!!!

Nos Estados Unidos, com todos os seus problemas históricos e os mais recentes, a Corte Suprema do Estado de Nova Iorque ainda se dedica a tratar de assunto aparentemente tão banal como o volume da garrafa de refrigerantes açucarados, com dois argumentos absolutamente fundamentais: a proteção das liberdades individuais e a evidente ineficácia estratégica dessa proposta esdrúxula. No Brasil, infelizmente, a gente “brinca de democracia”, aceitando imposições absurdas dos governos que se sucedem,   enquanto a classe política se esbalda na nossa passividade e na nossa resignação. Pelo menos acho que ninguém vai tirar nosso direito de discutir o importante tema do volume dos refrigerantes açucarados...

Fonte: Fairchild, AL. Half Empty or Half Full? New York’s Soda Rule in Historical Perspective. New England Journal of Medicine, 04 de abril de 2013.

PENSE NISSO.

domingo, 21 de abril de 2013

ALEITAMENTO MATERNO

“OS VÁRIOS ASPECTOS DO DESMAME PRECOCE E TARDIO”
Antes de falarmos sobre o DESMAME, é muito importante salientar a importância do aleitamento materno.
O Aleitamento Materno, exclusivo, durante os primeiros seis meses de vida do bebê, é uma das ações preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), como estratégia de combate à mortalidade infantil e redução da prevalência de desnutrição. E até o 1º. ano de vida, podendo se estender até o 2º. ano de vida, com a introdução de uma alimentação complementar.
Aspecto Nutricional: o leite materno é essencial para a sobrevivência do bebê durante o início da vida extra-uterina, sendo até o sexto mês exclusivo e após, com a introdução de novos alimentos como papas de frutas, sopinhas salgadas, água, sucos de frutas, etc. O leite materno é adequado para o bebê e sua composição é única, rica em nutrientes para atender as necessidades nutricionais específicas do recém-nascido, oferecendo uma fonte de nutrientes especialmente adaptados às condições digestivas e metabólicas da criança, como também oferece proteção contra microorganismos patogênicos e reduz a probabilidade do desenvolvimento de alergias, porque oferece vários fatores imunológicos. O leite materno protege contra determinadas doenças como diarréias, otites, doenças respiratórias, evita a desnutrição e combate a mortalidade infantil. Estudos indicam, também, que crianças amamentadas ao peito até o primeiro ano de vida, têm 14 vezes menos chances de morrer por diarréia e 3,6 vezes menos chances de morrer por infecção respiratórias aguda, quando comparadas com crianças desmamadas precocemente.
Aspecto psicológico: sabemos que o ato de amamentar melhora o desenvolvimento físico, mental e emocional do bebê.  O vínculo de amor e carinho estabelecido entre ambos nesse momento, constituirá a origem principal do bem-estar, segurança e afetividade do bebê, conferindo-lhe segurança emocional. Ao estabelecer esse vínculo, sem pressa, a mãe estará semeando a primeira sensação interior de "auto-estima", gravando no sistema nervoso do seu filho a paz do amor que ela sente por ele. O bebê não só sentirá o conforto de ver suas necessidades satisfeitas, mas também sentirá o prazer de ser segurado pelos braços de sua mãe, de ouvir sua voz, sentir seu cheiro, perceber seus embalos e carícias, ocorrendo uma grande comunicação silenciosa entre ambos.
Aspecto fonoaudiológico e dentário: a amamentação proporciona o desenvolvimento fonoarticulatório (mastigação e fala), desenvolvimento da mandíbula, da arcada dentária e do poder de sucção.
DESMAME: PRECOCE E TARDIO
O DESMAME compreende o período entre o início da introdução de uma alimentação complementar até a completa interrupção da oferta do leite materno a criança.
Aspecto Nutricional: O desmame, inicia-se gradativamente, a partir do início da  complementação da amamentação com outros alimentos, já citados. Isso vai proporcionar a criança o contato com texturas, sabores e cores diferentes, que vão contribuir para sua saúde e para o início da Educação Alimentar, ou seja, formação de bons hábitos alimentares, que serão a base para um futuro adulto saudável. Entretanto, ocorre com freqüência, o desmame precoce, onde a introdução precoce da alimentação complementar e um rápido declínio no consumo do leite materno, coloca em risco a saúde de muitas crianças.
Por outro lado, o desmame tardio traz prejuízos em relação à deficiência na ingestão de nutrientes provenientes de uma alimentação variada. A criança fica, preguiçosa para ingerir alimentos, que não sejam o leite materno e os alimentos líquidos. Ela adquiri preguiça em mastigar os alimentos sólidos.
Aspecto Psicológico: O desmame é parte natural e necessária do processo de crescimento e individualidade da criança e do amadurecimento da mãe. Deve ocorrer por volta do primeiro ano de vida. Para isso, é indicado o desmame progressivo, pois assim, enquanto o vínculo ao seio é desfeito, gradativamente, novos vínculos serão estabelecidos, como a introdução de novos alimentos. Por outro lado, o desmame tardio, quando a criança já está com mais de 2 anos de idade e às vezes, 3 ou 4 anos, se torna um grande problema, ocasionando várias conseqüências para a criança e para a mãe. A criança  cria um vínculo excessivo de dependência em relação a mãe, ocasionando baixo desenvolvimento social.  A criança se torna muito manhosa e inicia um processo de chantagem com a mãe. Um exemplo disso, é quando a criança só fica calma, quando a mãe dá o peito.

Aspectos Fonoaudiológico e Dentários: A introdução da alimentação artificial (mamadeira), desde os primeiros meses de vida e o desmame precoce, adiam o desenvolvimento da mandíbula e ocasionam uma deficiência chamada Língua Hipotônica, apresentando futuramente, problemas de fala e aprendizado. Estudos mostram que o desmame tardio, aumenta o aparecimento de cáries dentárias precoces.



Artigo elaborado por:
Dra Silvania Sergent - Nutricionista
Dra Myrian Varallo - Psicóloga

quinta-feira, 18 de abril de 2013

PUNIÇÃO EXEMPLAR AO MCDONALD'S

UTILIDADE PÚBLICA
Procon mantém multa de mais de R$ 3 milhões aplicada a rede de fast food por venda de lanches com  brinquedos e publicidade infantil.

Anvisa deve aprovar redução de iodo no sal vendido no país.

UTILIDADE PÚBLICA

Para a agência, a mudança, discutida desde 2011, é necessária por causa da alta quantidade de sal presente na dieta da população brasileira.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve aprovar nesta terça-feira (16) uma regra que reduz os níveis de iodo adicionado ao sal. Para a agência, a mudança, discutida desde 2011, é necessária por causa da alta quantidade de sal presente na dieta da população brasileira. O consumo excessivo de iodo pode levar à tireoidite de Hashimoto. Provocada por uma falha no sistema imunológico, a doença faz com que o organismo não reconheça e passe a atacar a tireoide, provocando o hipotireoidismo. Pessoas com tireoidite têm fadiga crônica e ganho de peso. “Em excesso, o iodo faz mal à saúde. Por isso temos de rever os padrões”, diz o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares da Silva.
Pela estimativa do governo, o brasileiro consome, em média, 8,2 gramas de sal diariamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que, para esse padrão de consumo, a faixa de iodação fique entre 20 a 40 miligramas para cada quilo de sal. A proposta em estudo na Anvisa se ajusta a esses parâmetros e prevê uma faixa de adição de 15 a 45 miligramas de iodo para cada quilo de sal. Atualmente, a relação é de 20 a 60 mg por quilo.
O alerta sobre a necessidade de mudança foi dado em 2007 com base em pesquisas feitas pela OMS que mostravam que o País era um dos maiores consumidores de iodo no mundo, numa proporção acima do que é considerado adequado. Álvares da Silva conta que a discussão na Anvisa foi proposta pelo Ministério da Saúde. Um grupo de trabalho, com representantes do governo e especialistas foi formado para avaliar a mudança.
Cronograma. Segundo a Anvisa, a faixa agora proposta tem o aval de representantes do setor produtivo. A mudança, porém, não seria imediata. A resolução, se aprovada, prevê um cronograma para a redução nos níveis. A adição do iodo no sal foi adotada no País para prevenir dois problemas: o cretinismo e o bócio. O primeiro é provocado pela deficiência do nutriente na gravidez - estudos mostram que um terço das crianças que não recebem a quantidade adequada do iodo durante a gestação apresenta problemas no sistema nervoso central, e outro terço, deficiência cognitiva. O bócio, por sua vez, é provocado pela falta do iodo em adolescentes e adultos.

GAZETA DO POVO – PR

Estamos no aguardo de informações atualizadas a respeito do assunto. Entretanto é importantíssimo deixar claro que é imprescindível a diminuição do consumo de sal de cozinha (Cloreto de Sódio - NaCl), consumo de produtos industrializados, embutidos, etc., devido ao sódio (Na), contido nesses produtos, responsável pelos casos de Hipertensão, Edema entre outras doenças.
Silvania Sergent - Nutricionista Clínica

quinta-feira, 4 de abril de 2013

AGROTÓXICOS E ALIMENTOS

A CONTAMINAÇÃO DA ÉTICA
Coluna publicada no Globo – Economia Verde - 04/04/2013 – p. 32
Agostinho Vieira

O Brasil caminha a passos largos para conquistar o hexacampeonato. Seria bom que fosse o do futebol, em 2014. Mas não é. Não ainda. Pelo sexto ano seguido (2008/2013) devemos ser os campeões mundiais no consumo de agrotóxicos. Cerca de 20% de todos os inseticidas, fungicidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, formicidas e outros defensivos agrícolas produzidos no planeta são aplicados aqui.

Estão registrados no mercado brasileiro mais de 400 ingredientes ativos que, combinados, se transformam em quase 2.500 fórmulas de agrotóxicos largamente utilizados nas nossas lavouras. Das 50 substâncias mais usadas, 24 já foram banidas nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e em alguns países da Ásia. Desde 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reavalia a utilização de 14 desses insumos. Apenas dois já foram proibidos e um deverá sair do mercado no meio do ano. Os outros onze seguem sendo usados em todo o país sem qualquer restrição.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são registradas, todos os anos, cerca de três milhões de intoxicações agudas por agrotóxicos, com 220 mil mortes. Aproximadamente 70% dos casos acontecem nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Mas o pior é que a própria OMS admite que para cada 50 quadros de intoxicação, apenas um é efetivamente notificado e contabilizado.
Para as lideranças do agronegócio, no entanto, o uso de defensivos em grande escala é o preço que temos que pagar para ter uma economia agrária pujante e uma balança comercial positiva. As safras recordes garantem os preços baixos, a inflação reduzida e os juros comportados. Temas recorrentes nas páginas de economia. Os agrotóxicos seriam um mal necessário. Única forma de garantir alimentos baratos.
Será? Fico imaginando um plebiscito para ouvir a população sobre o uso desses produtos. Com uma pergunta mais ou menos assim: “A população está crescendo e precisamos alimentá-la. Os agrotóxicos aumentam a produtividade agrícola, mas provocam algumas doenças e mortes. Você concorda com a sua adoção em larga escala no país?”. Durante a campanha do plebiscito seriam divulgadas pesquisas e estatísticas de mortes. Cinco mortos no campo e um na cidade é um número razoável? Se forem dez no campo e dois na cidade já seria inaceitável?
É claro que esse exercício é absurdo. E não existe nenhum número “aceitável” de mortes. Na prática, no entanto, é mais ou menos isso que acontece. Sem a consulta popular. Na verdade, a questão principal não é se devemos ou não usar agrotóxicos. Tema polêmico no mundo todo. A pergunta que não quer calar é: Por que ainda usamos produtos que já foram banidos no resto do mundo?
Realmente, essa é uma pergunta difícil de responder sem ficar vermelho de vergonha. Será que todos os países que proibiram a comercialização, incluindo os mais desenvolvidos do planeta, estavam errados? Só nós estamos certos? Teria essa gente alegre e bronzeada que vive por aqui menos chances de ser contaminada? É óbvio que não. Trata-se de uma mistura perversa de bagunça, burocracia, lobby eficiente da indústria e um forte interesse econômico.
Pode parecer ingenuidade, mas tenho curiosidade em saber se ao longo desses anos foi registrado algum conflito ético, moral ou mesmo um pouco de culpa. Imagine uma reunião semanal de diretoria de uma dessas grandes empresas químicas. Um dos participantes levanta o braço e diz: “Eu sei que os ambientalistas são uns chatos, reclamam de tudo, mas esse nosso produto já foi proibido em 50 países, será que a gente devia mesmo vender no Brasil?”
Não sei se a pergunta foi feita, mas a resposta é óbvia. Com a crise econômica na Europa e nos EUA, aumenta a oferta de produtos e caem os preços. Produtos proibidos lá ganham ares de oferta por aqui. E o que torna a história ainda mais escabrosa é que vários países baniram a venda, mas não impediram a produção. Ou seja, a fabricação de agrotóxicos gera empregos e divisas lá e contaminação aqui.
Na próxima terça-feira, dia 9 de abril, o gabinete da presidente Dilma Rousseff e as presidências da Câmara e do Senado vão receber um abaixo-assinado com milhares de nomes. A campanha, encabeçada por entidades de vários setores, pede a suspensão imediata da produção, venda e uso de substâncias que já estão proibidas em outros países. Não dá para saber se o volume de assinaturas se iguala ao dos movimentos “Fora Renan” e “Abaixo Feliciano”. Mas seria bom que não acabasse também numa das espaçosas gavetas de Brasília.
Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/ecoverde/

Albert Einstein libera bichos de estimação para visitar pacientes em SP

Entre olhares de admiração, espanto, surpresa e curiosidade, a cadela Clara, da raça fila, com três anos e 73 kg, entrou ontem tranquilamente pela recepção e passou por corredores de um dos mais importantes hospitais do país, o Albert Einstein, em São Paulo. Ela foi visitar o dono, que está em tratamento contra um câncer na bexiga.
Após três anos de testes e preparo de equipes, o hospital liberou, sob rígido protocolo, que bichos de estimação, às vezes considerados membros da família, visitem pessoas internadas --mesmo em unidades semi-intensivas.
"Meus filhos moram fora de São Paulo, são muito ocupados. A Clara acaba me fazendo companhia em horas difíceis. Ela é parte da família. Poder tê-la comigo no hospital faz a diferença no meu ânimo, na minha disposição", diz o advogado Ennio de Paula Araújo, 71.
A entrada de bichos no Einstein --gatos e passarinhos também são aceitos-- faz parte também do cumprimento de regras de uma certificação internacional de humanização que o hospital conseguiu no ano passado.
Albert Einstein libera visitas de bichos de estimação




Em tratamento de câncer, Ennio Araújo abraça a cadela Clara no hospital Albert Einstein, que permite visita de animais
O Einstein é o 35º hospital do mundo e o primeiro da América Latina a conseguir o selo concedido pela organização americana Planetree.
"Poder receber seus bichos aqui era um desejo frequente dos pacientes. Eles fazem bem e, sem dúvida, interferem na cura", afirma Rita Grotto, gerente de atendimento do hospital.
Clara teve de passar por uma avaliação de seu veterinário, que deu um laudo atestando sua boa saúde, e tomar um banho caprichado antes da visita. Os donos apresentaram os documentos de vacinação e se comprometeram a mantê-la tranquila.
"Mas, antes de tudo, é preciso a autorização do médico, que tem de colocar no prontuário do paciente que está de acordo com a visita. Uma equipe multiprofissional checa se todo o protocolo foi cumprido. Na menor dúvida, a entrada não será autorizada", declara Grotto.
O hospital diz que recebeu só uma queixa até hoje. A mãe de uma criança com leucemia reclamou da presença de um cão, mas recuou depois de receber explicações.
O aposentado Menachem Mukasiey, 67, está há uma semana internado com um problema no joelho e aguardava ontem ansioso a visita da poodle Bolinha.
"Já passei por vários hospitais e jamais me permitiram ver a Bolinha, que fica sem comer e depressiva enquanto estou fora. Aqui é o único lugar que me deixaram recebê-la, o que é uma alegria."
Paulo de Tarso Lima, coordenador da área que implanta as medidas de humanização no Einstein, afirma que "não está se falando de uma vontade de todos os pacientes" e que "também não se autoriza a presença dos bichos em qualquer lugar, de qualquer maneira".
Para o médico, o contato com os bichos pode levar "felicidade, paz e bem-estar" e auxiliar a recuperação de algumas pessoas. "O encontro com um cão ajuda a relaxar, a retomar a preocupação com o corpo, o que pode ficar perdido em pacientes crônicos."
O Conselho Regional de Medicina de SP e a Sociedade Brasileira de Infectologia não se manifestaram.

Editoria de Arte/Folhapress

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1256381-albert-einstein-libera-bichos-de-estimacao-para-visitar-pacientes-em-sp.shtml

QUE SIRVA DE EXEMPLO PARA OUTROS HOSPITAIS.
Nutricionista Silvania Sergent

segunda-feira, 1 de abril de 2013