sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"Cresce expectativa de vida, mas vivemos mais tempo doentes"

 
 
 
Apesar do aumento da expectativa de vida da população brasileira, um estudo desenvolvido pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP aponta que os idosos estão vivendo com menor qualidade de vida, já que convivem mais tempo com doenças crônicas típicas da faixa de idade. De acordo com a pesquisa, exames e tratamentos preventivos ajudam... a evitar esse processo.

Segundo o médico geriatra Alessandro Campolina, parte desse aumento de tempo de enfermidade se deve à falta de políticas de prevenção eficientes e voltadas para a população mais velha. Ele é o autor da pesquisa que buscou avaliar a ocorrência de um processo chamado de compressão da morbidade. Esse conceito, surgido na década de 1980, lançava a hipótese de que, com o envelhecimento das populações, os anos ganhos pelas pessoas com a melhoria dos serviços de atendimento seriam anos vividos em bom estado de saúde.

Segundo o estudo-base da pesquisa, até a década de 1970 e 1980, se tinha a idéia central de que o aumento de expectativa de vida da população seria uma espécie de fracasso em termos de saúde. “Os estudiosos pensavam que, embora conseguissem fazer as pessoas viverem mais tempo, elas viviam em uma situação de saúde pior”, explica Campolina.

A partir da década de 1980, as pesquisas passaram a contrariar as hipóteses anteriores, afirmando que a população vivia mais e em um quadro de saúde bom. A nova teoria também levantava o ponto de que a população humana apresenta um limite máximo, ainda não estabelecido com precisão, de tempo de vida. À medida que a melhoria das condições de vida vai se estabelecendo, a população tende a se aproximar cada vez mais desse limite.

Da mesma forma que a expectativa de vida ia sendo trazida para o limite máximo de vida da pessoa, o limiar de aparecimento de doenças crônicas, comuns na população idosa, também vai sendo empurrado.

“Num primeiro momento, o tempo limite máximo de aparecimento das doenças crônicas não mudaria com o aumento da expectativa de vida. Posteriormente, observou-se que o início de aparecimento das doenças também é postergado, mantendo, e talvez diminuindo, o tempo de vida da pessoa portando a doença”. A diminuição desse intervalo entre o aparecimento das doenças e a morte, a ciência dá o nome de compressão da morbidade.

O projeto teve como objeto de avaliação participantes do Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), desenvolvido pela FSP, que acompanha idosos da cidade de São Paulo desde o ano 2000 em diversos aspectos, tais como saúde e qualidade de vida. “No estudo, nos atentamos para aspectos sociodemográficos, condições de saúde, capacidades e desempenho de atividades de vida diária pela população idosa”, ressalta Campolina.

A coleta dos dados era realizada por uma equipe especializada, que colhia as informações nos domicílios e traziam os dados para análise. “O interessante, do ponto de vista temporal, era comparar a população de 2000 e de 2010 para saber se houve compressão da morbidade, e os estudos mais recentes estão nos dando uma resposta negativa para essa pergunta”, completa o pesquisador.
O estudo buscou levantar a importância das medidas de prevenção das doenças crônicas na contribuição para a chamada compressão da morbidade. A conclusão é de que algumas das principais doenças crônicas que acometem a população idosa, entre elas a hipertensão arterial sistêmica, doença articular, doença cardíaca, diabetes mellitus tipo 2, doença mental, doença pulmonar crônica e doença cerebrovascular, uma vez prevenidas, contribuem de maneira significativa para a melhoria da qualidade de vida e para a longevidade dos idosos.

Campolina ressalta que esses métodos preventivos não são frequentemente incentivados na população mais velha, e que isso é uma visão equivocada. “A medicina ainda acredita que prevenção é sinônimo de pacientes jovens. Mas a prevenção de doenças é uma estratégia afirmativa, mesmo nos idosos, para prolongar o tempo de vida e ganhar qualidade de vida, e o estudo comprovou isso”, afirma.

Fonte: Agência USP/Fernando Pivetti
Fonte: www.asbran.org.br

"CUIDEM-SE EM TODAS AS IDADES"


Silvania C. C. Sergent
Nutricionista
Especialização em Nutrição Clínica
Blog: http://silvaniasergent.blogspot.com/
Facebook: http://facebook.com/nutricionistasilvaniac.c.sergent


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DIA 25 DE SETEMBRO É O DIA DO CORACÃO

 RECADO DA NUTRICIONISTA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES:
As doenças cardiovasculares constituíram, sem dúvida, a maior de todas as endemias do século XX nos países ocidentais desenvolvidos, sendo até consid...
erado epidemia progressiva, o aumento da incidência do infarto agudo do miocárdio nesses países. Esse fato vem acontecendo nas últimas décadas também nos países emergentes, para os quais as estatísticas de saúde apontam as doenças cardiovasculares, incluindo as cerebrovasculares, ocupando o primeiro ou segundo lugar como causa de morte.

No Brasil, são a principal causa de mortalidade. As doenças cardiovasculares são doenças muito prevalentes em nosso meio. Estão identificados numerosos FATORES DE RISCO, tanto para as doenças cardiovasculares como para as doenças arteriais coronarianas, conforme apontam diversos estudos epidemiológicos (Lotufo, 1999).

Abaixo, estão relacionados fatores de risco para DOENÇAS DO CORAÇÃO:
Idade (> 45 anos para homens e > 55 anos para mulheres), história familiar, Alimentação inadequada, Obesidade, Sedentarismo, Estresse fora de controle, Hipertensão Arterial, Colesterol LDL (ruim) elevado, Tabagismo, alto consumo de álcool, Diabetes, Colesterol HDL (bom) baixo, Triglicérides elevados, atividades inflamatória, trombótica e fibrinolítica, e doenças congênitas.
 

 O tratamento desses fatores de risco deve ser feito por equipe multiprofissional, incluindo Médicos (tratamento medicamentoso), Nutricionistas (acompanhamento nutricional), Psicólogos (acompanhamento psicológico), Profissionais de Educação Física (acompanhamento no exercício físico), entre outros.

Esses fatores de risco estão dentro de um ciclo vicioso, observem:
Excluindo-se as doenças congênitas e fatores genéticos, podemos observar que a ALIMENTAÇÃO INADEQUADA e o SEDENTARISMO, são fatores de risco que levam a OBESIDADE que leva HIPERTENSÃO, DIABETES, LDL e TGC elevados que levam a SÍNDROME METABÓLICA, que levam a DOENÇAS CARDIOVASCULARES. Não necessariamente os fatores de risco apresentam-se nessa ordem, mas o importante é conhecê-los para identificá-los.

A partir de hoje, vamos falar de HÁBITOS E ALIMENTOS SAUDÁVEIS, importantes no TRATAMENTO E PREVENÇÃO dessas doenças ou fatores de risco.

FIBRAS:
São carboidratos complexos, não absorvidos pelo intestino, com ação reguladora na função intestinal. De acordo com a solubilidade em água, são classificadas em solúveis e insolúveis. Representadas pela pectina (frutas), pelas gomas (aveia, cevada) e pelas leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha), as solúveis reduzem o tempo de trânsito gastrointestinal e ajudam na eliminação do colesterol.
As insolúveis não atuam sobre o colesterol no sangue, mas aumentam a saciedade, auxiliando na redução da ingestão calórica. São representadas pela celulose (trigo), pela hemicelulose (grãos) e pela lignina (hortaliças).

Esta é a parte técnica, mas temos que ter em mente que o consumo adequado (quantidade e tipo) de fibras diariamente, contribui para o controle do colesterol, controle da glicemia, controle da saciedade, funcionamento adequado do intestino, importantes fatores na PERDA DE PESO que irá contribuir para o controle dos fatores de risco.

Onde encontramos fibras: cereais e derivados integrais (aveia, farelo de aveia, trigo, arroz, pães, farinhas), verduras, legumes, frutas e leguminosas.

Fique bem informado com as informações que virão a seguir sobre o assunto.

PROCURE SEMPRE UM NUTRICIONISTA.

Silvania C. C. Sergent
Nutricionista
Especialização em Nutrição Clínica
Blog:
http://silvaniasergent.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

OBESIDADE NO BRASIL


Mais da metade dos brasileiros têm excesso de peso, segundo pesquisa

Dados são do mais recente levantamento Vigitel, do Ministério da Saúde.
Levantamento revelou que 51% dos brasileiros têm sobrepeso.



No Brasil, 51% da população tem excesso de peso. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, esta é a primeria vez que o índice de sobrepeso atinge mais da metade da população brasileira.

O dado é da mais recente pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que foi divulgada nesta terça-feira (27).


O levantamento corresponde a dados coletados em 2012 por meio de 45 mil entrevistas feitas por telefone com os moradores das capitais brasileiras e do Distrito Federal. A pesquisa Vigitel divulgada no ano passado, baseada em levantamento de 2011, apontava que 48,5% da população tinha excesso de peso. Em 2006, primeiro ano avaliado pela pesquisa, esse índice era de 43%.

O índice de obesidade também cresceu em relação aos anos anteriores. A pesquisa aponta que 17,4% dos brasileiros são obesos, índice que era de 15,8% no ano passado e de 11,4% em 2006. A obesidade é caracterizada por um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m2. Já o excesso de peso é caracterizado por um IMC maior que 25 kg/m2.

"A tendência de crescimento da obesidade mostra que precisamos agir ou chegaremos a patamares como do Chile e EUA", diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Homens x mulheres

Entre os homens, a prevalência de excesso de peso é maior do que nas mulheres: 54,5% deles estão nessa situação.

Entre as mulheres, o índice é de 48,1%.

Quanto à obesidade, as mulheres têm índice pior: 18,2% delas são obesas, enquanto 16,5% dos homens apresentam o problema.

A escolaridade tem impacto diferente sobre o peso de homens e mulheres: no caso dos homens, o excesso de peso é maior entre os que têm mais escolaridade. Já entre as mulheres, ocorre o contrário: o sobrepeso é maior entre as que têm menos anos de estudo.

Apesar do aumento progressivo da obesidade nos últimos anos, o Brasil ainda tem uma proporção de obesos menor do que Estados Unidos (27,7%), Chile (25,1%), Argentina (20,5%) e Uruguai (19,9%).


Capitais
A capital campeã em excesso de peso foi Campo Grande, com 56% da população nessa situação. São Paulo e Rio de Janeiro têm 52% de pessoas com sobrepeso. As capitais com menos índice de sobrepeso são Palmas e São Luís, que têm 45% da população com o problema.


Alimentação e exercícios
“Temos o desafio de barrar crescimento contínuo do excesso de peso e da obesidade em homens e mulheres", diz Barbosa. Ele acrescenta que a obesidade pode ser combatida "desde a cantina da escola à lanchonete da empresa" e que os pais não devem permitir que as crianças substituam água por refrigerante.

A pesquisa aponta que o consumo de alimentos saudáveis tende a aumentar quanto maior a escolaridade da população. Frutas e hortaliças estão presentes regularmente no cardápio de 45% daqueles brasileiros que concluíram, no mínimo,12 anos de estudo.

O secretário observa que o indicador mais preocupante é o que revela o consumo excessivo de gordura saturada: mais da metade da população consome leite integral regularmente. Barbosa lembra que o ideal, para adultos, é o consumo de leite desnatado.

Se os homens têm maior proporção de excesso de peso, eles estão melhor do que as mulheres quanto à prática de atividades físicas: 41,5% deles declaram praticarem atividades físicas no tempo livre. Entre elas, só 26,5% fazem exercícios no tempo livre.


Fonte: Ministério da Saúde/2013





Silvania C. C. Sergent
Nutricionista
Especialização em Nutrição Clínica