sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

AUTOMEDICAÇÃO PODE TER CONSEQUÊNCIAS IRREVERSÍVEIS

Usar um remédio sem falar antes com o médico pode ter consequências sérias. A opção, apesar de ser mais rápida e simples do que marcar uma consulta médica, pode mascarar um problema de saúde e causar efeitos colaterais graves ou, até mesmo, irreversíveis. “Na dúvida, toda dor precisa ser acompanhada por um médico. Infelizmente, é comum as pessoas se medicarem quando o sintoma parece inofensivo. Mas um órgão dolorido é o primeiro sinal de uma doença e, se a dor persiste, é fundamental procurar auxílio médico”, explica Newton Barros, chefe de serviços de dor e cuidados paliativos do Hospital Conceição (RS).


Para evitar a automedicação, providências foram tomadas. Hoje, muitos remédios têm a venda controlada e somente realizada mediante a apresentação de receita médica. “A automedicação é problema de saúde pública. Por isso, existe uma série de campanhas para combater o uso indevido de medicamentos. Nenhuma dor deve ser menosprezada. Elas avisam quando algo está errado em nosso corpo. A dor ameaça a qualidade de vida da população e, muitas vezes, as pessoas utilizam uma fórmula arriscada, a automedicação, para conviver com essas dores”, alerta.
Segundo o especialista, muitas pessoas recorrem a xaropes, comprimidos e pomadas por conta própria, em vez de procurarem um médico. “Portadores de dor crônica recorrem à automedicação, escolha arriscada que pode mascarar uma série de doenças mais graves, despertar diversos problemas de saúde e postergar as queixas de corpo dolorido. A ida ao médico é fundamental para diagnosticar a causa da dor e receitar os medicamentos corretos”, diz.
Mesmo um simples remédio para amenizar a dor de cabeça ou aliviar o mal estar da gripe, por exemplo, pode ser arriscado. Esses medicamentos são facilmente encontrados, já que são vendidos livremente. Entretanto, não deixam de ser uma ameaça se tomados em doses altas e num prazo maior de três dias. “Para pessoas com gastrite avançada, há o risco de desenvolver uma úlcera, por exemplo. Qualquer medicação feita a longo prazo precisa ser acompanhada por um médico. O que parece ser uma gripe comum pode se tratar, na verdade, de uma pneumonia”, ressalta.
A dor é um mecanismo de proteção e alerta quando algo nocivo está acontecendo com o corpo. Por isso, é importante que essa dor seja checada, para saber sua origem e a melhor forma de tratamento e medicação.

Fonte: Érica Santos / Comunicação Interna / Agência Saúde