quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Mercado de Alimentação e o Nutricionista

A globalização da economia contribuiu para aumentar a competição entre as empresas fazendo com que as mesmas se empenhem na busca por vantagens competitivas e estratégias para se sobressaírem frente aos concorrentes, principalmente no que se refere à qualidade, à segurança do alimento e ao custo, de forma a satisfazer as exigências dos clientes, cada vez maiores. Desta forma, a qualidade é um elemento crítico para a sobrevivência das organizações, e sua abordagem estratégica é baseada na formulação de estratégias e no estabelecimento de metas e objetivos concretos e desafiadores.
O foodservice é composto por todos os agentes que preparam refeição fora do lar. Os maiores segmentos são, sem dúvida, os bares e restaurantes. São cerca de 900.000 em todo o Brasil. As padarias e os supermercados também fazem parte deste mercado. Estas cada vez mais passam a servir desjejum completo e refeições prontas. Além disso, há fast foods, hotéis, flats, clubes, spas, comissarias; os carrinhos de cachorro quente e também as refeições coletivas (indústrias, escolas, hospitais, instituições de longa permanência).
No Brasil, em média, nas grandes cidades, a população gasta 24% das despesas alimentares em consumo fora do domicílio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os brasileiros gastam cerca de R$ 70 bilhões por ano com a alimentação fora de casa. Se somados os gastos das empresas com vales-refeição oferecidos aos seus funcionários, da ordem de R$ 14 bilhões, mais os gastos não cadastrados, como os feitos com a alimentação informal (barracas de rua, dogões, etc.), esse número pode chegar a R$ 100 bilhões/ano.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (ABERC), em 2008, o setor de refeições coletivas forneceu aproximadamente 8,3 milhões de refeições por dia, alcançando faturamento de R$ 9,5 bilhões, um crescimento de cerca de 12% em relação a 2007 quando chegou a R$ 8,4 bilhões (mais dados em http://www.aberc.com.br/mercadoreal.asp?IDMenu=21).
Sendo assim, o mercado para os profissionais que atuam na área de alimentação, especialmente o nutricionista, tem passado por amplas alterações, configurando-se no aumento do espectro de possibilidades nas quais o profissional pode exercer suas competências, bem como adquirir novas para atender necessidades surgidas com a evolução do mercado de trabalho. E estas competências devem estar relacionadas não somente a sua autonomia técnica, ou seja, à atenção dietética, mas também às gerenciais e de liderança para atuar num contexto cada vez mais complexo na nova sociedade e  nas organizações do futuro.
 Welliton Donizeti Popolim